A dor cervical, designada por Cervicalgia, é um problema comum que afeta grande parte das pessoas ao longo da vida. Estima-se que cerca de 70-80% da população se queixe pelo menos uma vez na vida de dor cervical constituindo, a par da dor de costas, ou Lombalgia, uma das principais causas de incapacidade laboral. 

O diagnóstico depende de uma análise da história clínica e exame físico cuidados, incluindo um exame neurológico detalhado para excluir a presença de compromisso dos nervos raquidianos ou da medula.
Em casos de dor aguda, não estão indicados exames adicionais no período inicial.

Os sintomas da Cervicalgia manifestam-se através da dor, desconforto, tensão ou rigidez no pescoço. Acompanham-se frequentemente de dor na base do crânio ou nuca e nas costas podendo, igualmente, condicionar tensão e desconforto nos ombros. Pode surgir de forma súbita, denominada Cervicalgia Aguda, resultando de um esforço ou postura incorreta, sendo habitualmente autolimitada. 

O tratamento conservador, não cirúrgico, é eficaz e está indicado na maioria dos casos de Cervicalgia. Na fase aguda, se for necessário repouso, este deve ser limitado, uma vez que a manutenção de atividade (andar a pé, tarefas domiciliárias) ajuda na recuperação. Podem também estar indicados medicamentos anti-inflamatórios e analgésicos, fisioterapia, exercício, modificação da atividade diária, perda de peso e ortóteses (colares).