As deformidades do segundo ao quinto dedos do pé são muito frequentes, atingindo quer a articulação interfalângica proximal, que corresponde à primeira articulação do dedo, quer a articulação interfalângica distal, a segunda articulação do dedo.

Um exame clínico cuidado e o Raio-X de ambos pés permitem fazer um diagnóstico preciso e avaliar a gravidade e as alterações associadas de outras estruturas do pé.

Os pacientes apresentam calosidades, denominadas em Medicina por Hiperqueratoses, nos locais onde estas deformidades entram em contacto com os sapatos, por estes serem apertados ou por hiperpressão óssea. Pode mesmo ocorrer a formação de feridas ou úlceras, normalmente na ponta dos dedos ou na zona dorsal das articulações interfalângicas, dificultando, por vezes, o uso do calçado habitual.

Na fase inicial, enquanto as deformidades forem flexíveis, são recomendados manipulação e exercícios de alongamento dos músculos da perna e pé. Na ausência de feridas ou infeção, uma palmilha ou o uso de ortóteses específicas em silicone pode também ser tentado. O uso de sapatos adaptados é uma alternativa em pacientes em que a intervenção cirúrgica não seja opção.