Quando observada de frente, a coluna vertebral normal é reta. O aparecimento de curvas anormais, patológicas, neste eixo constitui uma Escoliose. Pelo contrário, quando observada de lado, a coluna vertebral tem curvas que fazem com que a zona mais alta do tronco, denominada região dorsal ou torácica, se projete um pouco para fora, também conhecido como Cifose, e que a zona lombar, situada ao fundo das costas, entre ligeiramente para dentro, denominada Lordose.
Escoliose e Deformidades do Adulto
Ao contrário da Escoliose da criança e do adolescente, ou Escoliose Idiopática, em que a causa é, na maioria das vezes, desconhecida, no adulto tanto o envelhecimento da coluna como a osteoporose, a artrose, as fraturas de compressão ou a estenose vertebral, são alguns dos fatores identificados no desenvolvimento e progressão das deformidades.
Diagnóstico
O Raio-X de toda a coluna em diferentes incidências e inclinações, permite o diagnóstico, mas não dispensa uma história clínica e exame físico cuidados, incluindo um exame neurológico detalhado para determinar se há compromisso dos nervos raquidianos ou da medula. Dado o efeito sobre as estruturas nervosas condicionado pela deformidade, estudos adicionais como a Tomografia Axial Computorizada (vulgo TAC) ou a Ressonância Magnética, são também fundamentais na maioria dos doentes.
Sintomas
Contrariamente ao que ocorre na criança e no adolescente, a dor lombar é o sintoma mais comum da Escoliose e está presente em quase todos os casos. Contudo, a dimensão da curva não se correlaciona diretamente com os sintomas e os doentes com Deformidades da Coluna, mesmo significativas, poderão ser praticamente assintomáticos.
Tratamento
Ao contrário da Escoliose da criança e do adolescente em que é a evolução da deformidade que condiciona o tratamento, no adulto são os sintomas, conjugados com os resultados dos exames, que orientam a decisão terapêutica.
O tratamento conservador, não cirúrgico e que inclui a fisioterapia, deve ser tentado numa fase inicial pois poderá aliviar os sintomas e melhorar a função.
Importante referir que o tratamento conservador não corrige nem evita a progressão da deformidade, pelo que, em caso de falência, está indicada a cirurgia que tem resultados superiores. Nem sempre é necessário corrigir a deformidade, podendo, em casos selecionados de compressão nervosa localizada, proceder-se apenas à descompressão vertebral, com remoção de osso, ligamentos e disco intervertebral que contribuem para a Estenose. Em casos mais graves de Escoliose e Deformidades da Coluna do Adulto, pode ser necessário corrigir a deformidade, por vezes com secção e reorientação da coluna vertebral, denominada por Osteotomia, e promoção da fusão intervertebral com o recurso a enxerto ósseo, espaçadores intervertebrais, parafusos e barras metálicas, também conhecido como Artrodese. Estes procedimentos podem ser realizados por técnicas convencionais ou minimamente invasivas.
Prof. Nuno Neves
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