A Artrose do Ombro, também conhecida como Omartrose, corresponde a um desgaste da articulação do ombro, com perda progressiva da cartilagem e deformidade óssea, com aparecimento de espículas ósseas, denominadas osteófitos, ou subida da cabeça do úmero da sua posição na articulação.
As superfícies articulares do ombro, compostas pela cabeça umeral no braço e a glenóide na omoplata, são revestidas por cartilagem, permitindo um movimento suave e sem fricção, naquela que é a articulação do corpo humano com maior mobilidade.
Artrose do Ombro
A Artrose do Ombro pode ocorrer de forma primária, associada ao natural envelhecimento da articulação, ou secundariamente à ocorrência de fraturas, luxações repetidas do ombro, roturas dos tendões da coifa dos rotadores, doenças reumáticas ou necrose da cabeça umeral.
Diagnóstico
O diagnóstico depende de uma história clínica e exame físico cuidados e detalhados, com particular atenção no registo de amplitudes de movimento, força muscular e gestos que provocam dor.
Em termos de avaliação imagiológica, o primeiro exame a realizar é o Raio-X que permitirá fazer uma avaliação inicial do estado da articulação, nomeadamente da existência de espaço entre as superfícies articulares, migração superior da cabeça umeral em relação à glenóide, ou existência de osteófitos provocados pelo atrito das superfícies articulares que perderam a cartilagem.
Sintomas
A Artrose do Ombro está associada a dor de início progressivo e intensidade crescente, principalmente associada ao movimento.
Simultaneamente, verifica-se uma diminuição da mobilidade do ombro, com limitação na capacidade de levantar o braço, colocar a mão atrás da cabeça ou das costas. A dor e a mobilidade reduzida provocam uma sensação de fraqueza do ombro por disfunção da articulação.
Em alguns doentes verifica-se também uma sensação de crepitação, “estalido” ou ressalto quando se move a articulação do ombro, provocado pela existência de fragmentos articulares livres.
Tratamento
A decisão do tratamento para a Artrose do Ombro é necessariamente individualizada para cada doente, tendo em conta a gravidade das queixas apresentadas, idade e nível de atividade, bem como a localização, extensão e severidade da lesão.
Numa fase inicial é habitual uma abordagem conservadora e não invasiva com prescrição de anti-inflamatórios, fisioterapia e alteração da atividade dos doentes. Esta opção pode, em alguns casos, ser suplementada com a realização de infiltrações articulares com corticosteróides, fatores de crescimento (PRPs) ou Viscossuplementação com nutrientes da cartilagem, para diminuição da dor do ombro.
Prof. Manuel Ribeiro da Silva
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