A Epicondilite é a causa mais frequente de dor ao nível do cotovelo, podendo afetar o braço dominante ou não dominante. Deve-se a uma degeneração dos tendões extensores dos músculos do antebraço ao nível da sua origem na face lateral do cotovelo, habitualmente causada por movimentos repetidos do punho e mão, que provocam inflamação e microrroturas nos tendões na parte lateral do cotovelo. É muitas vezes referida como “cotovelo do tenista”, apesar de afetar muitos profissionais de outras áreas para além destes desportistas.
Epicondilite
Diagnóstico
O diagnóstico depende de uma história clínica e exame físico cuidados e detalhados, com particular atenção no registo de gestos que provocam dor e avaliação da força muscular.
Imagiologicamente, o estudo deve ser iniciado pela realização de Raio-X que apesar de não permitir ver os tendões, fornece importantes informações sobre a articulação do cotovelo, bem como outras possíveis causas de dor, nomeadamente artrose do cotovelo ou depósitos de cálcio – tendinite calcificante.
Sintomas
A sintomatologia da Epicondilite está associada a uma dor na face lateral do cotovelo, no local de inserção destes tendões. Pode também verificar-se edema ou “empastamento” da zona dolorosa quando se realiza a palpação. Frequentemente, a dor irradia para o antebraço e punho do doente. A dor e falta de força associada à Epicondilite provocam queixas relacionadas com dificuldades em pegar num objeto, rodar um puxador de uma porta ou até dar um aperto de mão ao cumprimentar outra pessoa.
Tratamento
A decisão do tratamento para a Epicondilite é necessariamente individualizada para cada doente, tendo em conta a gravidade das queixas apresentadas, idade e nível de atividade, bem como a localização, extensão e severidade da lesão. A duração do tratamento será tanto menor e a sua eficácia tanto maior, quanto mais cedo o doente iniciar o tratamento médico.
O tratamento cirúrgico, com remoção do segmento degenerado do tendão, deverá ser utilizado apenas de forma excecional nos casos em que as anteriores medidas terapêuticas falharam.
Prof. Manuel Ribeiro da Silva
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