O músculo bicipital é o principal responsável pela capacidade de flexão do cotovelo, sendo também importante na capacidade de rodar do antebraço durante os movimentos como abrir portas ou apertar uma lâmpada. O bicípite inicia-se na região do ombro como um tendão, continua-se como um músculo ao longo do braço, terminando novamente como um tendão ao nível do cotovelo.
Lesão do Bicípite
Estas lesões acontecem habitualmente em pessoas ativas, durante a realização de atividade desportiva como levantamento de pesos, atividades de “fitness”, trabalhadores manuais ou associadas a um gesto de contração súbita do cotovelo como apoiar o braço ou apanhar um objeto mais pesado.
Diagnóstico
O diagnóstico depende de uma história clínica e exame físico cuidados e detalhados, com particular atenção no mecanismo de lesão, avaliação da presença de pisadura ou deformidade, registo de amplitudes de movimento, força muscular e gestos que provocam dor ao doente.
Imagiologicamente, o estudo deve ser iniciado pela realização de Raio-X, que apesar de não permitir ver os tendões, fornece importantes informações sobre a articulação do cotovelo ou ombro, bem como outras possíveis causas de dor, nomeadamente fraturas.
O pedido destes exames complementares não é mutuamente exclusivo, devendo ser solicitados em função das hipóteses diagnósticas levantadas pela história clínica, exame físico e Raio-X.
Sintomas
A Rotura do Bicípite está associada a dor intensa de início súbito, acompanhada por uma sensação de “estalido” ou rotura ao nível do braço e dificuldade na mobilização do cotovelo ou ombro.
Simultaneamente verifica-se uma deformidade no braço pela retração do músculo na região da rotura, podendo esta ser acompanhada por uma pisadura e sensação de cãibra.
A dor e mobilidade reduzida provocam uma sensação de fraqueza do cotovelo ou ombro por disfunção da articulação.
Tratamento
A decisão do tratamento para a Rotura do Bicípite é necessariamente individualizada para cada doente, tendo em conta a gravidade das queixas apresentadas, idade e nível de atividade, bem como a localização, extensão e severidade da lesão.
Em lesões parciais e menos graves, é possível uma abordagem não invasiva com prescrição de anti-inflamatórios, fisioterapia e alteração da atividade dos doentes. Esta opção pode em alguns casos ser suplementada com a realização de infiltrações com fatores de crescimento (PRPs) para auxiliar na cicatrização da lesão.
O tratamento cirúrgico consiste na reinserção do tendão “rasgado” no seu local anatómico. Nos casos com indicação para cirurgia esta deve ser realizada no mais curto período de tempo possível, estando os melhores resultados associados à realização deste procedimento nos primeiros dias após a ocorrência da lesão.
Prof. Manuel Ribeiro da Silva
O Prof. Manuel Ribeiro da Silva consulta à 2ª e 5ª de tarde.
Agende a sua consulta
Entraremos em contacto consigo no prazo de 24 horas para confirmar a sua marcação